Os três Titanic II

É inegável que o transatlântico RMS (Royal Mail Ship) Titanic, que afundou em 1912 e deixou 1.523 mortos naquela madrugada de 15 de abril, só entrou no imaginário popular de forma tão implacável graças ao filme de James Cameron, que reestreou na metade deste mês em 3D.

A opinião de quem viu e me contou foi unânime: mesmo ao ver Jack e Rose pela décima ou vigésima vez, os mesmos sentimentos estão lá quando o casal que mal teve tempo para se conhecer é separado pelo naufrágio. Por mais que o filme seja romantizado demais e a música da Celine Dion seja grudenta da pior forma possível, o negócio ainda funciona (e, claro, traz muito dinheiro).

Mas e se a história não acabasse por aí? Um “Titanic II” já foi criado de várias maneiras – uma mais inacreditável que a outra.

Eeeeevery night in my dreeeeeams, I seeeeeeeeee yoooou….tá, parei.

Jack is back

Quando o vídeo de Titanic 2 saiu, em 2006, todos tinham certeza de que se tratava de um fake, já que trechos de longas como “A Praia” eram intercalados com máquinas de busca submarina e uma premissa bizarra demais para ser verdade: e se, ao buscar a joia Coração do Oceano, a equipe que vasculhava os destroços do navio encontrasse Jack Dawson congelado e o trouxesse de volta à vida?

Os trailers fanmade fizeram sucesso há alguns anos, quando qualquer clássico era repaginado por quem manjava de edição de vídeo – e se Marty McFly e Doc Brown fossem um casal, ou se “O Iluminado” fosse um draminha familiar? Apesar da duração ser o dobro da convencional, vale a pena conhecer essa realidade alternativa do personagem de Leonardo DiCaprio.

Made in Asylum

A The Asylum é uma das produtoras mais sensacionais da história do cinema. Ela nunca ganhou prêmios, bateu recordes de bilheteria ou contratou grandes astros: ao contrário, fez filmes horrorosos, títulos que mofam nas prateleiras de locadoras e um elenco puxado por atores decadentes. A diferença é que ela sabe disso e produz patifarias como plágios descarados (“Paranormal Entity”, “Transmorphers”, “I Am Omega”), brigas de monstros gigantes (“Mega Shark vs Giant Octopus”, “2 Headed Shark Attacks”) e sequências inexistentes (“War of the Worlds 2”).

Mas o que interessa é a produção de 2010 “Titanic II”, escrita, dirigida e estrelada por Shane Van Dyke, um ilustre desconhecido cujo papel relevante está fora do cinema – ele é neto de Dick Van Dyke, protagonista de “Mary Poppins”. A trama? Sério, quer mesmo saber? Tudo bem, mas não diga que eu não avisei: no centenário do naufrágio,um cruzeiro que dá nome ao longa faz o mesmo trajeto e passa por um destino similar: movido por uma tsunami, um iceberg bate no navio e faz com que a tripulação lute para não se juntar às vítimas do desastre original.

A versão de verdade

Essa aqui divulgada no Tecmundo é coisa nova: um dos homens mais ricos da Austrália, Clive Palmer, encomendou a uma construtora chinesa quatro cruzeiros. Além de tecnologias modernas, academias e outras luxúrias, o navio terá nove andares, 840 quartos e quatro chaminés – todas características do Titanic original.

Certeza que o sujeito tá pensando em quem vai viver ele no cinema.

Esse Titanic II é de responsabilidade da Blue Star Line (coincidência?), começa a ser construído em 2013 e deve fazer sua viagem inaugural em 2016. O percurso? Da Inglaterra a Nova York, claro. Ah, e Palmer garante que ele conta com os melhores sistemas de segurança e navegação possíveis. Longe de mim torcer para nenhuma tragédia, mas…vai que afunda?

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3 Respostas to “Os três Titanic II”

  1. Olívia Baldissera Says:

    O SBT já passou um filme com o nome “Titanic 2”, com Catherine Zeta-Jones no elenco. O barco e a história eram praticamente as mesmas da produção de James Cameron, mas não era uma continuação — e o casal ficava junto no final :B

  2. carol Says:

    Odiei totalmente a versão que jack volta congelado, só uma palavra para esse filme RUIM

  3. Raisa Says:

    Também não gostei dessa versão

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